Da inspiração lírica do rei Salomão, surgiu uma
mulher jovem, linda e sensual. Muitos detalhes a seu respeito foram revelados,
mas não o seu nome; ela foi simples chamada de ''Sulamita''. Localizada a sudeste
do mar da Galiléia, nos planaltos férteis, a cidade de Suném era provavelmente
onde morava a amada do rei.
Seu conhecimento e afeição por plantas e
animais coloriam suas declarações; seu coração pulsava no rítimo do mundo
natural onde havia passado a juventude. Lembrando a sua infância, a Sulamita
falou sobre os irmãos, que a incubiram de trabalhar nos campos, o fato de
mencionar a casa da mãe, e de não citar o pai, pode ser uma indicação que ele
havia morrido, entende-se então que, ela vivia sob a autoridade dos irmãos.
Sua pele mais morena talvez a afastasse das
outras mulheres da côrte, porém era óbvio que ela era linda de rosto e de
corpo. As famílias do antigo Oriente Próximo, guardavam a castidade das
mulheres solteiras com rigor, como sinal da moralidade da família.
Em linguagem poética, a Sulamita foi chamada de
''muro'' e de ''porta''. Essa linguagem figurada descrevia sua virgindade, um
muro que os irmãos protegiam, uma porta por trás da qual a escondiam, ( Ct-
8.8,9 ), como aparentemente o rei possuía um palácio de verão no Líbano, ( Ct-
8.11 ), ele pode tê-la visto a caminho de sua propriedade.
Ele registrou uma série de cânticos com
delicada linguagem, demonstrando o seu profundo amor por ela, com um fino trato
de sentimentos pessoais e eróticos, os quais foram honrados com sua inclusão no
cânon das Sagradas Escrituras.
A Sulamita amou e foi amada apaixonadamente ela
foi uma mulher feliz com um amor receptivo e apaixonado. Ela se encheu de
júbilo com o compromisso que o marido demonstrou, ( Ct- 2.4 ), ela se extasiou
com o desejo que despertou nele,( Ct-7.10 ) sentiu-se segura com o voto de
compromisso permanente do marido, ( Ct- 8.6,7 ).
A Sulamita é o retrato de Deus da felicidade
nupcial que deve ser encontrado num relacionamento monogâmico e permanente.
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